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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

BEDA - Das alegrias de advogar #SQN

Ontem eu tive audiência que me tomou a tarde toda. Audiência de família, menor envolvido e uma situação que não se desenrola há cinco anos, desde o divórcio das partes.

Acho que o meu inferno astral resolveu começar já, ao invés de esperar o mês de setembro começar, vez que pela primeira vez na minha vida de advogata, estou me sentindo mal fisicamente e louca pra catar a bolsa, sair pela porta do escritório e só voltar quando estiver com sorvete nas veias ao invés de sangue e um rombo do tamanho da camada de ozônio no banco. Gente, nem eu tou me suportando hoje.

Eu curto pacas atuar na área de Família, se eu pudesse ficava nessa área por muito tempo #TrazAPipoca. Mas se tem uma coisa que deixa o povo louco é divórcio, mesmo que o único bem a partilhar seja um bode velho sem pelo. E é nessas horas que eu entro, pra fazer as partes entrarem num acordo e fazer o que é melhor pelo bode. Só que, né, a gente tá lidando com PESSOAS, não com ornitorrincos e cangurus. E, quando a gente vai lidar com divórcio, meu cachorro consegue ser mais equilibrado e centrado que as partes envolvidas. Isso quando os filhos já são crescidos e tal. Imagina quando são quiancinhas despotegidas e doentes.

Normalmente, depois de uma audiência eu saio faceira e contente, pq fiz meu trabalho e tenho uma noção dos rumos que o processo vai tomar. Desta vez não. Estou no rescaldo de uma audiência que foi bem, claro, eu tenho consciência disso. Porém, hoje tou no rescaldo da parte esgotante, estafante, irritante e muitos outros "antes" que essa audiência teve. O durante e o depois foram pra acabar.

O nível de estressante foi num grau de que, na hora de me manifestar, eu tive que abaixar a cabeça, fechar os olhos, e me concentrar no que estava falando, pq se eu olhasse pra outra parte, juro que ia voar por cima daquela mesa. Toda vez que eu ia falar alguma coisa, a outra parte me cortava. Detesto quando tenho que ser mal educada com a outra parte quando tem chance de conciliação, mas não teve jeito. A gente acertava um ponto da conciliação, a parte dizia "mas e se...?", ficava botando diversas pedrinhas no caminho pra não ter a conciliação. E olha que o processo nem ia acabar ali... Isso me irritou num nível que eu explodi: "chega, não vai mais ter conciliação".

Mas ontem eu até que segurei a onda. Só que hoje, pensando na audiência, em quanto a gente se segurou, em como as coisas foram ficando, eu comecei a ficar MUITO PUTA DA CARA por não ter dito logo de cara que não ia ter acordo porra nenhuma pq a louca da outra parte não tava a fim. Quando fui buscar provas pra juntar no processo, fui ficando MUITO EMPUTECIDA ENLOUQUECIDAMENTE pq a outra parte tá lá, de boas, e eu me desgastando aqui. #PQP

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