Se vocês pensaram que nóis fumo, nóis inganemo voceis... Nóis fingimo que fumo e vortemo - Ó NÓIS AQUI TRAVEIZ! #AvisemOsAmigos #FujamParaAsMontanhas

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Facebook Colorido

Depois de um #findi cheio de aventuras #sqn, voltei a visitar meu velho amiguinho, o Facebook. Vai daí que vejo várias fotos de vários conhecidos (sério!), coloridas, com um arco-íris em cima, e penso "o que é essa viadarização generalizada?". Então vejo que esse monte de foto com arco-íris significa apoio e comemoração à aprovação do casamento gay nos EUA.

Eu fico aqui pensando se realmente isso faz alguma diferença na fila do pão. O #ZecaCamargo falou sobre coisas relevantes de uma forma infeliz na TV e fez. Será que o mero fato de colocarmos um filtro de arco-íris na nossa foto também faz isso?

Enfim. A vantagem de ter os amigos que tenho é justamente NÃO SER OBRIGADA A ISSO, pq né, acho que ninguém q me conhece vai ter a cara de pau de me dizer HOMOFÓÓÓÓÓÓÓÓÓBICA, VC NÃO COLOCOU ARCO-ÍRIS NA SUA FOTO DO FAAAAAACEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!! Nem no Face, muito menos na minha cara que não são loucos.

No dia da aprovação do casamento gay nos EUA, eu vi q alguém que eu admiro pacas, há muito tempo, é gay. Por alguns minutos (não mais do que 5), eu fechei meus olhos, e descobri o que sentia: surpresa, pq eu realmente não sabia que ele era gay. Desconfiança/esperança, pq vai que não era?! Respeito por ele, por assumir ser gay num mundo que faz um carnaval muito maior sobre isso do que deveria ser. Por fim... surpresa de novo, por saber que isso não alterava em ABSOLUTAMENTE NADA o que eu sinto por ele!

Dá uma tristezinha num primeiro momento, sim. Por isso que eu quero MUITO que algum homossexual (ou demais) que acabar lendo isso aqui, entenda que vcs estão lutando contra o preconceito e não tentando invadir o Castelo de Grayskull, mas que não é esfregando suas bundas saradas convicções na cara de quem não ACEITA a homossexualidade (e demais) que vão conseguir respeito como pessoas.

Tem uma coisa que eu gostaria, MUITO que alguns movimentos do Movimento LGBT entendessem: parem de protestar usando bota e sunga não é forçando alguém a te aceitar como homossexual, que ela vai te respeitar. Uma coisa não está, obrigatoriamente, ligada a outra. Em resumo: não peçam respeito só por serem homossexuais (e demais), peçam por serem PESSOAS. E toda pessoa, todo ser humano, todo cachorrogatopapagaioperiquitohamsterfurão merece respeito. Independentemente do que faz entre 4 paredes. Afinal, como sabiamente disse Marcelo Nova se não sabe quem é, vai pesquisar: "eu não estou aqui pra ser fiscal de c* de ninguém!".

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Respeito é via de mão dupla

Vamos lá.

Domingo teve a Parada da Diversidade, a.k.a. Parada Gay. E lá teve umas manifestações que vale a pena a gente pensar.

A mais "polêmica" e, por consequência, mais comentada, foi a da representação de uma transexual crucificada, em um trio elétrico/carro de som. Quando vi a 1ª vez a imagem, fiquei chocada, sim. Achei ofensiva, sim. Mas aí li em algum lugar (não lembro onde) que várias revistas utilizaram o mesmo mote para fazer capa (inclusive a VEJA), e fui ver. Algumas têm diferenças gritantes com a manifestação da Parada Gay, mas a essência que levaram a isso foram basicamente as mesmas.

Daí uma amiga minha perguntou pq disseram que no caso do Charles Hebbo, galerê assumiu que era liberdade de expressão, e "era só uma piada"; e na Parada Gay, era "ofensa". Vamos ver de pertinho a história.

Fiquei ofendida, sim, com as charges publicadas pelo Charles Hebbo, pq aquilo não era piada, era ofensa - inclusive, algumas com símbolos cristãos e católicos. MAS isso não justificou a matança lá. Um filósofo foi no programa #SaiaJusta e, comentando o caso do rapaz que assassinou um médico com uma faca pra levar a bike dele, disse que toda a situação social dele EXPLICAVA a atitude dele, mas não JUSTIFICAVA. Pq explicar é demonstrar as razões que levaram à situação, e justificar seria tornar justo/"certo" o que ele fez. Ou seja, o contexto do Charles Hebdo até EXPLICA alguns pontos do ataque, mas não JUSTIFICA o que foi feito.

Ok. DEPOIS de ver algumas capas de revistas antigas (Veja, entre elas), entendi a razão da crucificação fake e isso não me ofendeu TANTO quanto a primeira vez que vi, só continuou a chocar. MAS as outras manifestações (crucifixos em lugares que sei lá se foram lavados, JC em beijo gay, JC/crucifixos como tapa sexo) ME OFENDERAM, SIM. Não eram protestos ou uma forma de chocar, eram claramente uma forma de OFENDER e ATINGIR quem é cristão - não apenas católicos ou evangélicos, mas todos que adoram, veneram, respeitam aqueles símbolos. Não foi uma ofensa à instituição da Igreja, mas sim uma ofensa à RELIGIÃO e a todos que a seguem.

Enquanto a crucificação podia ser uma manifestação artística/de protesto, colocada num contexto, as demais foram de mau-gosto, ofensivas, desnecessárias. MAS isso não justifica que alguém diga que esses manifestantes devam sofrer no mármore do inferno, que mil pulgas infestem seus traseiros sem celulite e não possam ser coçados por terem hemorróidas inflamadas.

O que poderia ser discutido ali - e que não foi até agora - seria a postura e forma de protesto, MAS NÃO O FATO DE SEREM HOMOSSEXUAIS! Respeito sim, mas vamos esclarecer certinho, pq se um selinho gay em uma novela pode supostamente transformar em gay uma criança pobre coitada que devia estar dormindo e não assistindo novela que não é própria para sua idade, uma porcaria de uma opinião de um ** me faltam palavras ** também pode mudar essa mesma criança em um ** me faltam palavras **...

terça-feira, 9 de junho de 2015

Curitibanos...

Se tem uma coisa que todo mundo que não conhece Curitiba fala, é que curitibano é tudo grosso metido entojado frio. Mas isso não é o pior, tendo em vista que na nossa Capital faz um frio extremamente... "peculiar" - ou seja, faz frio quando quer e bem entende, sem obedecer a qualquer termostato. A maior característica de curitibano é ser RECLAMÃO. Se tá calor, reclama que tá calor. Se tá frio, reclama que tá frio. Se é janeiro, reclama que não tem nada pra fazer na cidade, pq né, tá todo mundo na praia leia-se Matinhos, Caiobá e Guaratuba. Daí o povo volta da praia, e começa a reclamar que quando tarra todo mundo lá, Curitiba era melhor. Vai pra SC e reclama da rodovia, vai pra praia e reclama adivinha! do calor, vai pro interior e reclama do jeito que o povo lá fala.

O detalhe maior do curitibano médio é que ele não tem uma identidade, meiquinem acha que não tem sotaque. A gente curte no frio um pinhão com chimas e churrasco, como se isso não existisse nos compadres SC e RS. Além da mania de chamar catarinense de catarina #ApelidinhoCarinhoso. Aliás, a base da galera curitibana é formada por gente que tem parente ou em Santa Catarina, ou no interior do PR, ou no interior de SP. Alguns egressos do Nordeste tb, mas esse é um fenômeno mais recente, eu diria. Se vc é curitibano e não tem parente nesses pontos geográficos, desculpa: vc não nasceu em Curitiba. O mais engraçado é que a gente se orgulha tanto de não ter sotaque, que quando vai pra Santa Catarina ou interior, volta falando que nem os parentes - e NOTA! Aí, é uma semana falando "mas pra tu ver, né, quE o leitE quentE subiu tanto..." ou "fia/fio". E esses últimos aí me dão uma agonia danada.

O pessoal de SC que vem a Curitiba, e finca aqui suas raízes (não sei pq, afinal SC tem FLORIPA! Pra que fugir disso?), pode esquecer de tudo de lá, mas mantém uma tradição: o sotaque. Não interessa quantos 92734928734928734982 anos more aqui, vão continuar falando cantadinho, sem nunca jamais ever abandonar o "tu vai?" nas frases. E se o curitibano descendente desse catarina perdido tentar imitar... gente, falência total e risos eternos na família. Pq um curitibano tentando falar "tu vai" é a coisa mais engraçada da vida. Algo na genética curitibana impede totalmente que a gente fale "tu vai?" com a mesma naturalidade que os amados catarinas. Dependendo da caxiísse do curitibano, ele vai ter espasmos incontroláveis no corpo, se contorcer como se estivesse tendo convulsões estilo-Seu-Madruga-Tomando-Choque-Na-Vila, pq o certo não é "tu vai?", é "tu VAIS?"! O curitibano é um ser muito estranho.

Mas temos vantagens: a gente super valoriza os amiguinhos catarinas e gaúchos, tanto que Joinville é quase o quintal de Curitiba. Galera vai pra lá sem medo de ser feliz e quem fica triste tomando chopp da Oma?. E quando vão pra Porto Alegre... é quase cantando "Deu pra ti/Baixo Astral/Vou pra Porto Alegre/Tchau". Não é à toa que a gente gosta tanto de churrasco e tem tanta "Gaúcho's Bodega" por aqui.

Teve um comediante de stand up aí falando que o povo de Curitiba é bonitão, alto, loiro, nórdico... Na verdade, esses são os feios do Rio Grande do Sul. Explico: fui pra Porto Alegre, certa feita, a trabalho. E, como um amigo gaúcho me falou que o estádio Beira Rio (do Inter, caso não saibam) era "ali do lado" de onde eu estava * insira risos histéricos aqui *, vi um monte de gaúcho nativo, em seu habitat natural. Gente, vou te contar: diabo de terra pra ter gente bonita! Os feios lá eram o povo daqui de Curitiba, então, me senti em casa! Tinha uns velhinhos no caminho que eu andei. Jogando damas, vcs perguntam. NÃO, CORRENDO SEM CAMISA! Estilo vôdelícia, barriga tanquinho e tudo! Fiquei indignada.

Então, vcs podem ver que o povo que forma Curitiba é basicamente de FORA daqui. Tem um povo feio, claro, que é pra contrabalançar e estão geralmente situados na mesma área da cidade que eu não falo aqui nem a pau pq tenho amor à vida, mas fazer o que? Nem só de covers do Adam Levigne é feita Curitiba. Também tem eu.