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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Respeito é via de mão dupla

Vamos lá.

Domingo teve a Parada da Diversidade, a.k.a. Parada Gay. E lá teve umas manifestações que vale a pena a gente pensar.

A mais "polêmica" e, por consequência, mais comentada, foi a da representação de uma transexual crucificada, em um trio elétrico/carro de som. Quando vi a 1ª vez a imagem, fiquei chocada, sim. Achei ofensiva, sim. Mas aí li em algum lugar (não lembro onde) que várias revistas utilizaram o mesmo mote para fazer capa (inclusive a VEJA), e fui ver. Algumas têm diferenças gritantes com a manifestação da Parada Gay, mas a essência que levaram a isso foram basicamente as mesmas.

Daí uma amiga minha perguntou pq disseram que no caso do Charles Hebbo, galerê assumiu que era liberdade de expressão, e "era só uma piada"; e na Parada Gay, era "ofensa". Vamos ver de pertinho a história.

Fiquei ofendida, sim, com as charges publicadas pelo Charles Hebbo, pq aquilo não era piada, era ofensa - inclusive, algumas com símbolos cristãos e católicos. MAS isso não justificou a matança lá. Um filósofo foi no programa #SaiaJusta e, comentando o caso do rapaz que assassinou um médico com uma faca pra levar a bike dele, disse que toda a situação social dele EXPLICAVA a atitude dele, mas não JUSTIFICAVA. Pq explicar é demonstrar as razões que levaram à situação, e justificar seria tornar justo/"certo" o que ele fez. Ou seja, o contexto do Charles Hebdo até EXPLICA alguns pontos do ataque, mas não JUSTIFICA o que foi feito.

Ok. DEPOIS de ver algumas capas de revistas antigas (Veja, entre elas), entendi a razão da crucificação fake e isso não me ofendeu TANTO quanto a primeira vez que vi, só continuou a chocar. MAS as outras manifestações (crucifixos em lugares que sei lá se foram lavados, JC em beijo gay, JC/crucifixos como tapa sexo) ME OFENDERAM, SIM. Não eram protestos ou uma forma de chocar, eram claramente uma forma de OFENDER e ATINGIR quem é cristão - não apenas católicos ou evangélicos, mas todos que adoram, veneram, respeitam aqueles símbolos. Não foi uma ofensa à instituição da Igreja, mas sim uma ofensa à RELIGIÃO e a todos que a seguem.

Enquanto a crucificação podia ser uma manifestação artística/de protesto, colocada num contexto, as demais foram de mau-gosto, ofensivas, desnecessárias. MAS isso não justifica que alguém diga que esses manifestantes devam sofrer no mármore do inferno, que mil pulgas infestem seus traseiros sem celulite e não possam ser coçados por terem hemorróidas inflamadas.

O que poderia ser discutido ali - e que não foi até agora - seria a postura e forma de protesto, MAS NÃO O FATO DE SEREM HOMOSSEXUAIS! Respeito sim, mas vamos esclarecer certinho, pq se um selinho gay em uma novela pode supostamente transformar em gay uma criança pobre coitada que devia estar dormindo e não assistindo novela que não é própria para sua idade, uma porcaria de uma opinião de um ** me faltam palavras ** também pode mudar essa mesma criança em um ** me faltam palavras **...

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